
A celebração do dia de Finados é uma
oportunidade para fazermos uma reflexão sobre a vida. Martin Luther King disse:
“Quem não tem uma razão para morrer, não tem uma razão para viver”.
A nova vida que recebemos no Batismo não
está sujeita à corrupção nem ao poder da morte. Para quem vive em Cristo, a
morte é a passagem à pátria celeste. Nós somos peregrinos, exilados, e todo
exilado tem esperança de retornar à sua terra. A liturgia da Igreja diz: para
os que creem a vida não é tirada, mas transformada.
Qual é a origem do dia de Finados?
Os primeiros vestígios de uma
comemoração de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha, no século
VII, e em Fulda (Alemanha), no séc. XI. O verdadeiro fundador foi Santo Odilon,
abade de Cluny (França). A festa propagou-se rapidamente por toda a França. Foi
escolhido o dia 2 de novembro para ficar perto da comemoração de todos os
santos. Muitos documentos garantem esta prática nos primeiros cristãos. Por
exemplo, Didaqué (doutrina dos 12 apóstolos), do ano 100, já mandava oferecer
orações pelos mortos. Nas catacumbas de Roma os cristãos rezavam sobre o túmulo
dos mártires suplicando a intercessão diante de Deus.
A Igreja é o Corpo Místico de Cristo, as
almas dos fiéis se encontram e superam a barreira da morte, rezando uma pelas
outras. Nessa dimensão de fé, compreendemos a prática de oferecer orações de
sufrágio, de maneira especial a santa Missa.
Por isso, muitos vão ao cemitério para
enfeitar os túmulos de seus entes queridos, pois, quer dizer que o corpo está
lá, é pó, mas o espírito está em Deus.
É uma oportunidade para fazermos uma
reflexão sobre a vida. A morte chegará para todos, viemos do pó e para o pó
retornaremos. A vida é um dom precioso, mas, não tem data marcada, na
eternidade tanto faz 15 ou 90 anos.
Jesus chegou perto do túmulo de seu
amigo Lázaro e bradou: Lázaro, vem para fora, o sepulcro não é seu lugar.
Também não é o nosso lugar, tão somente, um lugar de passagem. Se você ficar
com os olhos fixos no túmulo perderá a esperança, apenas uma passagem.
“Nada te perturbe, nada te espante, tudo
passa, Deus não muda, a paciência tudo alcança; quem a Deus tem nada lhe falta;
só Deus basta”. Amém.
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