ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA-VOCAÇÃO RELIGIOSA (17/8/2014)
No
terceiro domingo do mês Vocacional celebramos a Vocação Religiosa. Quando nos
referimos à vida religiosa, temos presente os homens e as mulheres que,
vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e assumem a missão própria do
seu Instituto, Ordem ou Congregação. Na solenidade da Assunção de Maria ao Céu,
a Igreja lembra que a Mãe de Jesus é modelo para todos os cristãos, e, de forma
particular, dos que se consagram a Deus pelos conselhos evangélicos:
pobreza, castidade e obediência. Hoje existem diferentes formas de vida
consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades apostólicas,
contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem nas
realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e
missão. Recordamos aqui os inúmeros institutos seculares.
O carisma da vida religiosa está
orientado por Deus e para o mundo. A vocação religiosa é assumida por homens e
mulheres que foram chamas à testemunhar Jesus Cristo de maneira radical. É a
entrega da própria vida a Deus.
Essa vocação no inicio do Cristianismo
era conhecida como vida eremitica, monástica e religiosa. Nesses dois mil anos
de história surgiram inúmeras ordens, congregações, institutos, sociedade de
vida apostólica. Os religiosos dão um testemunho radical de Jesus Cristo com
sinal visível de sua presença libertadora, disponibilizando totalmente sua vida
a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs; vivem em uma comunidade fraterna,
partilham tudo que tem, usam o amor sem exclusividade, consagrando suas vidas a
um carisma especifico e assumem uma missão também especifica. Um religioso vive
em primeiro lugar a sua consagração nos votos, depois, por carisma
congregacional por vocação e necessidade da Igreja.
O
carisma da Vida Religiosa é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. Sua
vida é um compromisso com o mundo. Destaca o contraste do Evangelho com a
sociedade materialista. Fazem três votos como sinais visualizadores de uma
realidade futura como sonho, mas presente como necessidade: Viver mergulhado no coração misericordioso do Pai, enxertado na
árvore da vida, que é Cristo e alicerçado pela força vibrante e sempre presente
do Espírito Santificador.
O voto é para homens e mulheres que O contempla,
sinal de que existe alguma coisa muito maior que simples realidades terrenas.
Sinal mergulhado no Cristo histórico e atualizado no Cristo Vivo e Eucarístico
presente em todas as comunidades e que aponta as realidades vindouras do Reino
já iniciado.
A vocação religiosa é um chamado a uma vivência
radical do batismo. É
caracterizada por um constante combate contra a idolatria, especialmente
através da vivência dos votos de obediência, castidade e pobreza..
·
VOTO DA OBEDIÊNCIA:
quando homens e mulheres colocam-se numa atitude de dependência de Deus. Eles
(as) são porta-vozes e braços de Deus. Enquanto a sociedade privilegia o poder, o ter, o (a) religioso (a)
responde com seu ser
obediente.
·
VOTO DA CASTIDADE:
como oferta da própria vida. È a entrega vital que é a sexualidade a uma causa
nobre. Vive-se a castidade canalizando a energia fundamental para as obras
proféticas geradoras de vida e de esperança nas comunidades cristãs. Não apenas
em não manter relações sexuais, mas “amar
sem possuir”, mesmo em suas transferências apostólicas, não se apegado (a);
estar a serviço de todos. Hoje o amor é confundido com relacionamento puramente
sexual, isto é, a instrumentalização do amor e da força da sexualidade.
·
VOTO DA POBREZA: neste voto
os (as) religiosos (as) demonstram que o TER não é tudo na vida e sim apenas um
instrumento. O mundo de hoje vive o apego demasiado às coisas materiais,
vive-se um consumismo desenfreado: “as
pessoas valem por aquilo que elas têm e não por aquilo que são”... Para
Deus as pessoas não são coisas, elas não valem por aquilo que têm, mas por
aquilo que são. É por isso que os (as) religiosos (as) são totalmente
desapegados das coisas materiais e tudo o que conseguem na vida dividem com a
comunidade.
O (a) religioso não se
distingue pela sua ação, mas pela sua vida, onde convivem com pessoas
diferentes (idade, nação, personalidade). Querem viver o Evangelho de um modo
especial; vivem em comunidade. É uma forma profética de vida.
Outra característica
importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um
presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa. É aquilo que ela é,
é a ação de Deus na vida da pessoa.
O carisma é a ação do
Espírito Santo que potencia a pessoa para determinada missão.
Os (as) religiosos (as)
vivem um carisma especifico e deriva daí sua missão.
Costumamos ver os
religiosos as religiosas, os irmãos, as irmãs, os padres ligados à uma
congregação, à frente de grandes obras: nas escolas, hospitais, missões
populares, em mosteiros, comunidades contemplativas e em tantos lugares. Essas
são as obras. São frutos de um carisma especial. São frutos do Espírito Santo.
A vida religiosa inserida
é desafiadora na tolerância e no cotidiano da vida dos excluiidos. É uma graça
do Espírito Santo, partilhar da vida dos últimos. Ama-se os pobres, não por
serem pobres, mas por serem pessoas humanas “preferidas do Pai” < daí a
gratuidade do amor.
Porém, a
vida religiosa entra em crise quando deixa de lado a vivência dessa vocação
primeira, a radicalidade do batismo, para afirmar somente as suas atividades,
práticas. Quando deixa de lado a vivência de sua consagração, o religioso,
pouco a pouco, se afasta de seu chamado
Por isso devemos orar
sempre para que cada vez mais, os religiosos, as religiosas e consagrados sejam
para o mundo testemunhas de viver com sentido, e para que sejam entre nós
sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles a grande
comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização. E que muitos jovens
descubram que vale a pena doar a vida Àquele que por primeiro deu sua vida por
nós: CRISTO JESUS!
Este dogma, proclamado em 1950, no dia primeiro de novembro, pelo Papa
Pio XII, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, afirma a
glorificação corporal de Maria, ou seja, que Ela, depois da sua vida terrena,
se encontra no estado em que os justos se encontrarão depois da ressurreição
final. Maria é assunta em corpo e alma à glória celeste, por vontade de Deus
Pai e Jesus Cristo, Deus Filho, no Espírito Santo.
Assunção é diferente de Ascensão. Maria é assunta, ou seja, precisou de
Deus para elevá-la ao céu; Jesus ascendeu ao céu, ou seja, foi por vontade
própria. Observar que a
Assunção de Maria é uma mudança de
estado e não de lugar. Não é possível localizar um corpo glorioso.
A Igreja oriental usa o temo “Dormição”
Maria é imagem e início da Igreja do futuro, aquela que será feita no Reino dos Céus nos finais dos tempos (cf. Apocalipse 21-22; epílogo). Com Maria, uma mulher participa da
Maria é imagem e início da Igreja do futuro, aquela que será feita no Reino dos Céus nos finais dos tempos (cf. Apocalipse 21-22; epílogo). Com Maria, uma mulher participa da
Glória do Deus vivo;
a dignidade da mulher é reconhecida pelo criador. Por tudo isto é que devemos
entender que o nosso corpo, templo do Espírito Santo é para a santidade, não
para o pecado, pois iremos todos ao Pai, assuntos como Maria, na plenitude do
fim dos tempos.
O dogma da Assunção é consequência da sua Imaculada
Conceição, pois de sua parte, a Igreja Católica deduziu estes dois dogmas ao
longo do tempo, através de uma reflexão teológica, cujos dados estão contidos,
em germe, na Escritura e na mais antiga Tradição. Este principio de
desenvolvimento teológico do dogma, a Igreja o adotou também para outros
importantes aspectos doutrinais que não estão sempre claramente explicitados na
Bíblia, como, por exemplo, a definição dos 7 Sacramentos e a infalibilidade
pontifícia...
Maria, como toda criatura, também foi salva por
Cristo: mais do que ter sido "isenta" do pecado original, dever-se-ia
adotar o termo "preservada" do pecado original, isto é, beneficiou-Se
antecipadamente da redenção feita por Cristo... Assim, Maria gozou
imediatamente da plenitude dos frutos da redenção que os demais féis só gozam
depois da morte. É certamente um privilégio, mas que não a subtrai da sorte
comum dos demais seres humanos: só o antecipa.
O Segundo Concílio de Nicéia (787) distinguiu a
veneração aos santos (dulia) da adoração (latria) devida somente a Deus. O
recurso fundamental do culto cristão é o que vai ao Pai, através do Filho, no
Espírito Santo. O destinatário do culto é sempre Deus. O caminho mais direto é
o do Filho para chegar ao Pai.
APLICAÇÕES SOBRE NOSSAS REALIDADES A PARTIR DO DOGMA
DA ASSUNÇÃO:
DA ASSUNÇÃO:
O
sentido teológico do dogma da Assunção é riquíssimo. É importante destacar a
mensagem luminosa que nos oferece a exaltação de Maria na glória a respeito da
dignidade do corpo da mulher e do homem, essa dignidade hoje ignorada e
desrespeitada ainda que se pretende afirmá-la.
Os corpos sofridos de hoje e sua fome de dignidade
O Documento de Puebla (1969) já havia vislumbrado a importância do dogma
da Assunção no contexto do nosso “Continente onde – ai se lê- a profanação do
homem é uma constante” (n.298). Mas é em todo o mundoque a vida se encontra de
mil formas ameaçada e os corpos sofridos. De fato, podemos elencar os “corpos
profanados” hoje:
- O corpo da mulher, degradado pela prostituição e pela
cultura machista;
- O corpo do operário, pela exploração e pelo “horror
econômico”;
- O corpo do jovem, pela droga, pelo abuso e pela
violência;
- O corpo da criança, pelo abuso sexual e pelo abandono
social;
- O corpo do preso, pela tortura e por todo tipo de maus
tratos;
- O corpo do consumidor, pelo consumismo e pelo
envenenamento químico;
- O corpo do cidadão, por toda a sorte de violências:
urbana, terrorista da guerra
Olhando
para Maria, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a
preservá-lo como templo de Deus, templo do Espírito Santo, na expectativa da
ressurreição.
Maria assunta aos céus é a realidade futura por qual todos passaremos. É anúncio da Salvação antecipado por Ela. Assim como Maria, também seremos chamados à termo para prestarmos conta.
Totus tuus (Todo teu): Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Recebo-Vos em tudo quanto me diz respeito. Daí-me vosso coração, ó Maria. – Lema do Papa João Paulo II, consagrado a Maria, inspirado em São Luís Maria Grignion de Montfort.
Maria assunta aos céus é a realidade futura por qual todos passaremos. É anúncio da Salvação antecipado por Ela. Assim como Maria, também seremos chamados à termo para prestarmos conta.
Totus tuus (Todo teu): Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Recebo-Vos em tudo quanto me diz respeito. Daí-me vosso coração, ó Maria. – Lema do Papa João Paulo II, consagrado a Maria, inspirado em São Luís Maria Grignion de Montfort.
MÃE SANTISSIMA, FOSTE ESCOLHIDA POR DEUS E VIVESTE
PLENAMENTE ESTA ESCOLHA, AJUDA-NOS A VIVER COMO ESCOLHIDOS E REVESTE-NOS COM SEU
MANTO PARA QUE NÃO NOS PERCAMOS NO CAMINHO, PRESERVEMOS A VIDA E ANUNCIEMOS A
VERDADE QUE É TEU DIVINO FILHO. AMÉM
Nenhum comentário:
Postar um comentário