BÍBLIA: PALAVRAS DE USO MAIS
FREQUENTE
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O
nome Iahweh (que significa "ele é" - Ex 3,12 - 15) ou Javé pode
aparecer na forma abreviada "Iah", "Iahu", "Iô",
"Ieho". "Hallelu-Iah" (aleluia) significa "louvai a
Iah".
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"Adonai" significa "Senhor". Os Israelitas,
quando encontravam na Bíblia o nome "Iahweh", não o pronunciavam,
dizendo em seu lugar "Adonai".
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Outro
nome de Deus é "El", significando apenas Deus e não o seu nome
próprio. Aparece comumente na forma "Elohim".
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Outro nome de Deus é "Shaddai", traduzido por
"Todo-Poderoso". Designa o Deus que habita nas montanhas ou nos
campos.
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A
palavra Abbá, em aramaico, a língua falada por Jesus, significa "paizinho,
meu pai, papai". É com esta palavra de carinho que Jesus normalmente
tratava o Pai. No AT, Deus é chamado de Pai em diversas ocasiões (Sl 89,27;
Eclo 23,1 - 4; Is 63,16;64,7; Jr 3,4) mas nunca com esta palavra familiar.
Empregada na oração cristã, mostra que o clima dela é o de total confiança e de
intimidade.
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O nome "Jesus" - em hebraico "Yeshu'a" - é uma
forma tardia do nome "Josué", e significa "Javé é a
salvação", ou seja, em
Jesus Deus salva o seu povo.
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"Cristo"
é a tradução grega do hebraico "Messias", e significa
"ungido".
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Jesus era chamado de "Nazareno" porque tinha vivido e
crescido na cidade de Nazaré, na Galiléia, norte da Palestina. A cidadezinha de
Nazaré nunca é citada no AT.
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Para
os cristãos, o peixe simbolizava Jesus porque as letras iniciais da sentença:
"Jesus Cristo Filho de Deus Salvador" formavam em grego a palavra
"peixe".
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A palavra espírito em hebraico significa vento, hálito, sopro de
vida; pode ser também o jeito da pessoa, sua consciência, seu entusiasmo ou
dinamismo. Também chamam-se espíritos certas realidades invisíveis, boas ou
más, que agem no mundo. O Espírito de Deus é sua ação, sua força, seu
dinamismo.
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Em
Jo 14 a
16 o Espírito Santo é denominado paráclito, que significa ajudante, protetor,
advogado.
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A palavra "igreja" significa "reunião",
"assembléia". No AT designa a comunidade de Israel. No NT, a
comunidade dos seguidores de Jesus.
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Na
Bíblia, os anjos, e principalmente o "Anjo de Iahweh", são um modo de
personificar a ação do próprio Deus. A palavra anjo significa
"enviado", "mensageiro".
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"Satanás" é uma palavra hebraica (Satan) que significa
"adversário", "acusador". Satânica é toda ação que produz
adversidade e acusação infundada.
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"Diabo",
do grego "diábolos", é aquele que provoca dúvida e divisão. É
diabólica toda ação que introduz dúvidas ou faz com que as pessoas se dividam.
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Demônio não é o mesmo que diabo ou satanás. Para os antigos, era
uma realidade que agia internamente na pessoa, fazendo-a descobrir alguma coisa
sobre si própria.
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O
nome Belzebu, em hebraico "Baal-zebub", não é nome do demônio, e sim
uma caçoada irônica dirigida ao deus Baal, chamando-o de "senhor das
moscas".
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Leviatã, na mitologia fenícia, é o monstro do caos primitivo que
foi vencido por Javé por ocasião da criação e da passagem do mar Vermelho. É
nome atribuído ao crocodilo, um dos símbolos do Egito.
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"Xeol"
(= mansão dos mortos) era o nome dado pelos Israelitas para a moradia
subterrânea dos mortos. O latim traduziu a palavra por "infernus", de
onde veio o português "inferno". O inferno como castigo final e
definitivo dos maus só aparece no NT, mas não com esse nome. Fala-se de lugar
de choro e ranger de dentes, escuridão, exclusão da felicidade eterna, fogo que
nunca se apaga, geena.
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"Baal" significa "senhor, proprietário,
marido". Era o deus cananeu do trovão e da chuva, possuidor do solo, ao
qual traz fertilidade.
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"Astate"
ou "Aserá" era a companheira de Baal. É a deusa cananéia do amor e da
fecundidade.
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"Adão" significa literalmente "de terra
vermelha". Na maior parte das vezes em que aparece na Bíblia não é nome
próprio, mas designa "um homem, um ser humano, a humanidade".
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"Eva"
significa "viva" ou "aquela que dá vida". É por isso que
Adão lhe deu esse nome,
"por ser a mãe de todos os que
vivem"(Gn 3,20).
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Éden não significa paraíso, mas deserto. O jardim de Gn 2,8 foi
plantado no deserto, isto é, um jardim em Éden. Um jardim num lugar deserto era
o ideal de felicidade de quem vivia em lugares áridos.
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Parábola
é uma história verossímil, tirada da vida comum, para com ela apontar uma
realidade mais profunda. Veja, por exemplo, a série de parábolas em Mateus 13.
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Metáfora é o modo de falar de uma realidade através de outra. É o
único modo de falarmos da divindade e do transcendente.
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Alegoria
(esta palavra vem do grego e significa "dizer as coisas de outra
forma") é um modo figurado de falar de uma realidade, onde cada coisa
corresponde a outra. Veja Mateus 25,31 - 46.
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O Símbolo é outro meio de significar uma coisa que seria impossível
exprimir de outro modo. O Apocalipse de João é todo escrito em linguagem
simbólica, que não pode ser entendida ao pé da letra.
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Profeta
é aquele que fala em nome de Deus. Por isso o profeta sempre introduz o que vai
anunciar com as palavras: "Assim diz Javé…" Os profetas pedem a
conversão, e isso significa mudar de rumo, deixando de viver segundo os
projetos da injustiça para viver segundo o projeto de Deus, que se funda na
justiça.
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Apóstolo significa "enviado", "mensageiro".
Jesus deu esse nome aos discípulos que lhe eram mais chegado e que continuaram
sua obra.
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Discípulo
quer dizer seguidor, aprendiz.
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Diácono quer dizer servidor.
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"Domingo",
em latim "dies dominica", significa o "dia do Senhor". Os
cristãos o tomaram como dia santo, no qual se celebra a ressurreição do Senhor
Jesus.
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Querigma, palavra que significa "proclamação", era o
anúncio fundamental dos primeiros seguidores de Jesus para provocar a conversão
dos ouvintes.
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Benção
significa "bem-dição", bem-dizer, isto é, desejar e praticar o bem em
favor dos outros. Maldição é o contrário: desejar e praticar o mal.
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A palavra hebraica pecado - hatta' - significa "errar o
alvo". O homem erra o alvo quando vive ou faz coisas contrárias ao projeto
de Deus. A injustiça é a fonte do pecado.
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Glória,
em hebraico, corresponde à nossa palavra peso: é o valor bem pesado e avaliado,
a importância.
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O termo "Hosana" não é um louvor, e sim uma fórmula de
súplica. Significa "Salva, por favor". Atualmente é usada na liturgia
como aclamação de louvor.
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Maranata,
literalmente "Maran athá", são duas palavras aramaicas que
significam: "Senhor nosso, vem". Aparece no fim de toda a Bíblia:
"Amém! Vem, Senhor Jesus!"(Ap 22,20).
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Shalom diz mais que o nosso termo paz: é bem-estar completo,
satisfação, harmonia - tudo o que é fruto da
benção de Deus.
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Amém
é a palavra hebraica usada no templo e nas sinagogas no fim das orações.
Significa: "é certo", ou "não há dúvida sobre isso".
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A palavra caridade é usada sempre no sentido de amor, não de
esmola.
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Carisma
é uma palavra grega que significa dom, graça. No NT, carismas são os dons que o
Espírito Santo distribui na comunidade em vista do bem comum.
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Centurião era o chefe de um pelotão de cem soldados, a menor
divisão da infantaria romana. Veja, por exemplo, Mt 8,5 - 13; Jo 4,46 - 54; Mc
15,39.
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A
Legião romana contava, no tempo dos imperadores romanos, 6.000 pedestres, 120
cavaleiros, mais as esquadras técnicas e as tropas especiais. Confira Mc 5,9.
15.
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O Sinédrio era a suprema instância jurídica do tempo do NT. Era
formado por 71 membros: anciãos, sumos sacerdotes e doutores da Lei. Seu
presidente era o sumo sacerdote em função.
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Sinagoga,
ou casa de oração, eram as casas de reunião que apareceram a partir do exílio
na Babilônia. A sobrevivência do judaísmo deveu-se à existência das sinagogas,
que substituíram o templo. Todos os sábados os judeus se reuniam na sinagoga
para rezar, ouvir e comentar os textos bíblicos. Nela todo judeu adulto podia
tomar a palavra.
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Os anciãos eram os representantes
da classe rica, em geral grandes proprietários de terras e imóveis urbanos.
Junto com os sumos sacerdotes detinham o poder político e econômico.
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Os
sumos sacerdotes depostos conservavam seu título e continuavam membros do
Sinédrio. O sumo sacerdote era escolhido dentre 4 famílias sacerdotais.
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Os doutores da Lei, ou escribas, eram as pessoas mais cultas,
entendidas em jurisprudência e interpretação da Bíblia. No Sinédrio,
representavam a ideologia dominante.
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Fariseus,
os "separados", eram um partido leigo muito próximo ao povo.
Distinguiam-se pela intransigência e rígida observância da Lei. Eram piedosos,
estudiosos, observantes e mestres da Lei. Acreditavam na vida eterna e
valorizavam a tradição de seus antepassados. Eram estimados pelo povo.
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Os levitas eram uma espécie de sacerdotes de ordem inferior.
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Os
saduceus eram o grupo econômico e político dominante na época de Jesus. A ele
pertenciam os sacerdotes. Era materialistas, e não aceitavam a ressurreição.
Eram mais conservadores que os fariseus e deles se distinguiam por doutrinas e
práticas. Não acreditavam em anjos, demônios, ressurreição dos mortos.
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Os herodianos eram os defensores da dominação romana na Palestina.
Estavam a serviço de Herodes e eram os mais ferrenhos perseguidores de
movimentos subversivos.
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Os
zelotas eram membros do partido judaico do tempo de Jesus que se opunha à
dominação romana por julgá-la incompatível com a soberania do Deus de Israel.
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Os sicários, assim chamados porque carregavam um punhal, eram um
movimento subversivo caracterizado por atentados violentos.
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Os
essênios eram uma facção do clero de Jerusalém que se afastou para as montanhas
a fim de encarnar uma vivência genuína da fé judaica.
Os cobradores de impostos, ou publicanos, eram os coletores de
tributos e taxas destinados ao império romano. Por essa razão, os cobradores
eram odiados pelo povo